segunda-feira

Desamor de carnaval

Era um amor que só crescia e ninguém jamais duvidou. Ficou tão grande que um dia explodiu. Era dia de carnaval e foi um "Deus nos acuda!" todo aquele amor virando pó pelo ar. A moça beijando faceira, o bêbado pela calçada, a mulata que dizia no pé, o homem de sutiã e a turma do funil... ninguém acreditava naquilo. A camélia caiu do galho, o arlequim chorou pelo amor da colombina e até o cravo brigou com a rosa.  Respingou em todo mundo, mas a banda passou e na quarta-feira de cinzas não teve bandeira branca. O amor que era grande virou chuva de purpurina. O carnaval acabou e o amor que um dia brilhou, sambou. Fim.

Nenhum comentário: