quarta-feira

Sobre esperanças

Esperança: esse muro em que nos agarramos e escalamos até perdermos a noção de nós mesmos. Admiro quem tem esperanças e apego por coisas que são tão infinitas e grandes. Isso o torna também grande!

Digo sempre a mim mesma: para se ter novas esperanças é preciso perder as velhas. Admiro quem tem alguma. Velha ou nova, vale acreditar em algo verdadeiro, embora algumas esperanças pareçam mais nos fazer morrer aos poucos do que nos manter vivos (é que achamos que são as esperanças que nos mantém vivos, é mais dramático do que acreditar que somos mesmo simplesmente fortes o suficiente para vencer as dificuldades da vida. É o que penso). Mas enfim, esperanças são sempre expectativas de coisas boas, nunca ruins.
 
Em mim, nada dói mais além da solidão e do vazio. Nenhum “outro” dói mais em mim. Ninguém, a não ser eu mesma quando assim me percebo:  outra... Vazia.
 
Não sei por que escrevo; se para alguém. Mas tenho a impressão de que quando escrevemos para alguém é como uma forma de nos doarmos mais um tempo; de querer ficar mais um pouco na vida do outro; ou às vezes, de se despedir sem querer ir. Sei que escrever assim, é sinalizar para algo que nos é importante... e é querer manter acesa uma fagulha de esperança. Mas essa, quero perdê-la completamente para poder entregar-me com verdade a novas alegrias.

3 comentários:

Beto disse...

Cadê o botão curtir disso aqui?

Lugar do Afeto disse...

rsrs. Q bom q vc gostou! :)

Beto disse...

Gostei muito. Sigo uma regrinha pra não me machucar muito por aí: baixas expectativas sempre.