sexta-feira

Sobre a importância das coisas.

Foi bem mais que pele e, em verdade, era todo coração o meu presente para ti quando assim me antecipei, embrulhado no desejo de te ser grande. Mas sou pequena, assim, como Deus me fez em tamanho, embora grande no coração calejado que de tanto calejado, acabou ficando macio e maleável e te guardou dentro dele confortável. Eu já nem mesmo sei porque.

E é com esse coração, o único que tenho, embora vazio, insólito e vagabundo, que te quero abraçar, mesmo na inexistência desse abraço, já que nem mesmo existo. Ainda assim, te dou um pouco de  mim, se me resta algo daquela que te fui, quando foste para mim um alento, uma alegria... ou mesmo que não fui por falta de tempo hábil antes que o sol raiasse e o feitiço acabasse.

Nenhum comentário: